quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Falta de Tempo

Blog abandonado simplesmente porque uma das integrantes saiu da faculdade e a outra (eu) está completamente atolada com o trabalho, com as leituras e com os seminários.

Espero que eventualmente eu volte a postar e comentar as coisas bizarras que acontecem na PUC.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Ontem apresentei o meu primeiro seminário do ano, aliás, meu primeiro seminário em 4 anos, desde que me formei!

Eu tremia de nervoso, fiquei vermelha, um horror! Engraçado que não lembro de ter ficado desse jeito no começo da minha primeira faculdade... Lembro de ficar nervosa, mas não como fiquei ontem. Durante o curso, fui aprendendo a me controlar e quando apresentei meu TCC foi tudo ótimo.

Realmente é estranho ficar desse jeito e isso só reforça a sensação que sinto toda noite quando vou pra aula de que estou numa nova fase, uma fase que me traz lembranças do passado mas é completamente nova.

terça-feira, 18 de março de 2008

tava demorando


acho que agora, depois de quase 3 semanas de aula, estou começando a entrar no ritmo da vida escolar novamente. por isso não escrevi minhas impressões antes.

na ufmg o trote é expressamente proibido e no icex, por incrível que pareça, isso é respeitado.
no dia da apresentação do curso aos calouros o que aconteceu foi, na verdade, uma tentativa de entrosamento. os veteranos nos fizeram dizer nosso nome, de onde éramos, onde havíamos estudado, essas coisas. os meninos (35 numa turma de 40 pessoas) tiveram que falar também a quantidade de irmãs e primas. e todos tivemos que revelar a idade. pois é. eu fui uma das últimas. antes de mim só se ouvia "dezessete", "vinte". acho que o máximo foi 22. e eu disse: "trinta e um".

silêncio momentâneo seguido por um NUUUUU! coletivo. e eu achei graça, claro.

passado isso, vieram as aulas. os professores fizeram aquele terror básico e já começaram com matéria.

o que eu tenho achado de tudo? tô gostando das aulas e sei que não vai ser moleza. mas sinto uma segurança que, imagino, os outros calouros não sentem. coisa de gente vivida, hehehe.

a turma no geral é tranquila. na matéria que é de laboratório, com tudo feito em dupla, eu dei sorte. mas não tenho a menor paciência com umas brincadeirinhas típicas de recém-pós-adolescentes, tipo as risadinhas nas aulas de uma professora que eles teimam em ridicularizar.


e só pra constar: ontem teve guerrinha de avião na sala.

segunda-feira, 17 de março de 2008

A "palestra"


Justo quando eu achava que as coisas estavam caminhando bem...

Sexta-feira, 19h40, aula de América (ou seja, sobre os habitantes das Américas antes da chegada dos europeus) com professor colombiano que fala um portanhol que eu não entendo. Aluna do segundo ano chega na sala e comenta com o professor que em meia hora começará uma palestra sobre as relações México X EUA e o tratado de livre comério assinado pelos dois países. Professor legal comenta com a sala e faz uma proposta: decidir se teremos aula ou se iremos para a palestra.

Não preciso nem falar que mais da metade da sala escolheu ir para a palestra. Palestra aqui sendo traduzida do seguinte modo: ficar no máximo 5 minutos e depois ir para o bar! Eu e outras pessoas da sala escolhemos ter aula, mesmo porque semana que vem é feriado, ficaremos mais atrasados ainda no programa e teremos que eventualmente repor a matéria e também porque, afinal, eu pago um absurdo de mensalidade para ter aula. Lógico que agora serei conhecida como a velha, chata e nerd que não quer que ninguém se divirta!

O fato da maioria do pessoal que escolheu ir para a "palestra" ter entre 18 e 20 anos também diz muito, não? Penso que eles acham que faculdade é só festa! Acho um absurdo pessoas que vão pra aula, ficam algum tempo na sala, saem e não voltam mais, ou as que vejo antes da aula pelos corredores e acabam nem entrando na sala. Na minha primeira faculdade, eu também matei aula no primeiro semestre, mas me arrependo muito! Deixei de aprender tanta coisa e sinto que isso me faz falta. Mas hoje penso da seguinte maneira: se você não quer ter aula, se prefere ficar em casa e encher a cara em butecos por ai, por que prestou vestibular? Por que não pediu para o papai para ter um ano de vagabundagem antes de entrar na faculdade? Acho que o estudo deve ser levado a sério e para isso as pessoas precisam de um pouco mais de maturidade quando entram na faculdade.

Imagino que situações assim vão acontecer novamente, mesmo porque, ainda estamos no primeiro semestre, mas espero estar errada.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Primeiras Impressões


Passadas duas semanas de aula, vou descrever um pouco de como foram as minhas primeiras impressões dessa volta às aulas.

Engraçado como esse mundo universitário pode realmente assustar. Imagino como os calouros de verdade se sentem num lugar novo, grande, desconhecido, cheio de gente pra todos os lados e sem qualquer informação de onde ir, de como se portar etc. Pra mim também foi um pouco assustador. Minha primeira faculdade não era grande e eu sou da primeira turma, portanto não tive trote, nem veteranos para conversar e trocar informações. Foi difícil nos primeiros dias, pois toda hora tinha que perguntar para alguma pessoa como e onde resolver tal coisa.

Por enquanto estou gostando bastante do pessoal da minha sala. Eles compreendem desde adolescentes espinhentos até senhoras! (E lá se foi a minha vontade de ser a mais velha da sala...). A primeira impressão foi realmente positiva, já fiz amigos e grupos para seminários. A maioria parece realmente gostar do curso e está lá para aprender, não só bagunçar. Lógico que nem tudo é perfeito e existem sim alguns que fazem bagunça demais, conversam demais e atrapalham demais, tanto que um professor se irritou e deu um trabalho extra só de birra!

Considerando todos esses fatores a minha primeira impressão foi realmente positiva e espero que continue assim por um bom tempo.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

a difícil missão de comprar material escolar


super animada com a volta às aulas, já há alguns dias tenho observado a seção de papelaria de toda loja em que eu entro. precisava de caderno e mochila. não gosto de bolsa e fichário pq acho pouco prático: pelo menos um lado do corpo fica inutilizado. a mochila dá a liberdade que todo calouro precisa, principalmente nas infinitas viagens de ônibus. afinal de contas, universidade que se preze é longe. de tudo.

mas então como essa semana começo a entrar na rotina, quis resolver logo esse problema. aproveitei uma ida ao shopping pra pesquisar mais um milhão de lojas.

coisa difícil encontrar uma mochila básica, sem trezentos compartimentos, numa cor discreta. e eu queria algo que não fosse caro. já estava quase me convencendo de assumir o tipo caloura esportista. foi por pouco. de repente parece que caiu nas minhas mãos um modelo do-jeito-que-eu-queria. e o melhor: era a mais barata que eu tinha visto nos últimos não sei quantos anos.

uma parte da compra estava resolvida. faltava o caderno.

é impressionante: não se fazem cadernos como antigamente. tudo que eu queria era uma capa simples e mole (pra não pesar na mochila) e folhas normais, ou seja, linhas azuis num papel branco. é pedir demais?

eu só via cadernos temáticos por todos os lados. sempre com capa dura. na época em que eu estava no colégio, há mais de uma década, isso era um luxo. hj é praticamente a única opção. ou isso ou brochurão. mas aí tb não dá, né? pouco prático.

outra coisa que eu não entendo é a necessidade que as empresas fabricantes têm em colocar seu nome em cada página. isso me irrita muuuuito. poxa, se vai ficar fazendo propaganda então me paga que eu levo, né? e não o contrário. isso quando não colocam os motivos das capas nas folhas. e dá-lhe bonequinha, bichinho, carrinho. irc.

já estava quase desistindo quando encontrei, escondida e desprezada, uma pilha de cadernos do jeito que eu queria. bom, quase. nem tudo é perfeito, muito menos um caderno. mas esses pelo menos tinham capas moles com estampas neutras (femininas, mas sem exageros). infelizmente as páginas tinham a marca da empresa. coisa que o preço compensou, foi uma troca justa.

missão cumprida!

(mentira, ainda falta a merendeira!)



sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Minhas Férias


Minhas férias foram divertidas!

Brinquei bastante com os meus amiguinhos, sai bastante, me diverti, enchi a cara, dancei e ouvi boa música!

Fui para uma fazenda e quase morri com todos os insetos voadores! É, acho que mesmo crescendo em um sítio fui dominada pela cidade grande.

Dormi bastante e comi mais ainda!!!! Nada como doce de leite e pão de queijo feito em casa. Também experimentei várias coisas novas, como risoto. (Quem me conhece pessoalmente sabe o quanto isso é um avanço).

Terminei um relacionamento e comecei outro. Sem muitos detalhes, né?

Apesar do tempo livre, não tenho lido muito, ao contrario da minha companheira de blog. Acho que isso é um efeito dessa fase de mudanças, mas agora com a faculdade, sei que lerei muito mais. Mas tenho visto muitos filmes sim, principalmente em casa (e viva o Telecine Cult!).

O ruim das férias foi não ter procurado emprego. É a preguiça meu povo! Mas estou cuidando disso agora, fazendo várias entrevistas e espero arrumar um emprego logo para ajudar a pagar a faculdade.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

minhas férias


depois de quase 7 meses de estudo, minhas férias começaram assim que acabou a prova de matemática da segunda etapa.

- a primeira coisa que eu fiz? dormi. dormi demais. consegui praticamente dobrar o número de horas de sono em poucos dias! e enquanto as aulas não começam, continuo dormindo.

- outra coisa que tenho feito bastante é ver filmes. fui à mostra de cinema de tiradentes, vi um monte de coisa no monitor, outro monte na tv.

- tô em dia com a quarta temporada de lost.

- voltei a ficar online no msn e gtalk.

- tenho ouvido novas bandas e estou tentando ser mais frequente no mercado de pulgas.

- o fóquiú! tb agradece a volta da atenção.

- minha pilha de livros pra ler está diminuindo. mas com mais tempo pra fuçar a amazon, acredito que ela volte a crescer em breve.

- não demoro tanto para responder emails.

- e, claro, tenho <3 namorado <3 sempre que possível!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Back to School!



Com 17 anos tive que escolher o que fazer com a minha vida. Fiquei entre dois caminhos: a Publicidade e a História. Foi uma escolha complicada. É um pouco absurdo decidir o seu destino no mundo com tão pouca idade e maturidade. Acabei escolhendo a Publicidade em um momento de ganância (achei que ganharia rios de dinheiro e seria amiga do Justus) e deixei a História para depois, como hobby, pois não me imaginava como historiadora e/ou professora.

Passei quatro ótimos anos na faculdade, aprendi muito, cresci como pessoa e todos aqueles outros clichés sobre o amadurecimento pessoal que acontecem em um ambiente acadêmico.

Voltei para São Paulo louca para começar a trabalhar na minha área, o atendimento em agência de publicidade, tive vários empregos, mas, sabe quando você finalmente percebe que isso não é pra você? Que não está fazendo o que realmente gosta e não consegue fazer um bom trabalho por causa disso?

Então decidi jogar tudo pro alto e pensei: vou fazer o que deveria ter feito. Prestei o vestibular para História na PUC, três anos depois de me formar, sem estudar nada, só reli alguns dos livros indicados e, não acredito, passei!

Além de todas as preocupações sobre como pagar, se vou aguentar a jornada de trabalho e estudo quando voltar a trabalhar, a minha grande dúvida é se vou me adaptar ao mundo universitário novamente.

Apesar de ainda ser nova, 24 anos, sinto que não tenho mais vontade, nem paciência para trotes, farras, matar aula, bebedeiras e bagunças em sala de aula. Espero poder me adaptar e conseguir aproveitar ao máximo essa nova fase, aprender mais ainda e, quem sabe, finalmente ser “feliz” profissionalmente, por mais irreal que isso pareça.

Usarei esse espaço para descrever essa nova aventura, chorar as mágoas, criticar professores que dão prova e trabalhos com datas muito próximas, criticar os adolescentes revoltados e pseudo-comunistas e contar fofocas, porque ninguém é de ferro.

a gente nunca sabe o porque

só sabe como

e a história começa com uma menina que nunca soube responder à clássica pergunta feita por adultos que querem puxar papo com criancinhas: “o que você vai ser quando crescer?”. as opções eram tantas e todas pareciam muito fascinantes mas, ao mesmo tempo, incrivelmente entediantes.


então chegou o último ano de colégio. ano de vestibular também. uma professora resolveu, num dos primeiros dias de aula, perguntar pra todos os alunos qual curso cada um tinha escolhido.


e a menina respondeu: não sei ainda o que, mas vai ser na área de exatas.


chegou o dia de fazer a inscrição e, depois de ler o manual do candidato de cabo a rabo, ela marcou sua escolha. ciências biológicas.


passou no vestibular e começou o curso. já no primeiro período ela percebeu que não estava no lugar certo, mas resolveu esperar mais um pouco. a decepção era grande. biologia não era estudar a vida e sim decorar uma imensidão de informações. além disso a perspectiva de ter que matar bichos na aula de fisiologia, disciplina do terceiro período, era uma tortura muito grande. a única coisa que a prendia à faculdade eram os amigos que tinha feito. mas se eram mesmo amigos, continuariam sendo, né?


largou a biologia.


resolveu fazer design de produtos. mas as provas seriam justamente na época em que ela faria uma viagem programada há muito tempo.


então ela viajou feliz da vida. afinal, vestibular tem todo ano.


e tem mesmo. um ano e alguns meses após sair da biologia, começou o curso de design. claro que pensou em desistir algumas vezes: muitos professores péssimos, muitas aulas completamente inúteis. a conclusão de que o design era do mal quase foi a gota d´água. mas enquanto isso ela tinha que ganhar a vida de alguma maneira.


fez um concurso e virou funcionária pública.


resolveu continuar o curso, principalmente depois de conhecer um professor que parecia falar a mesma língua que ela. dessa maneira, foi apresentada à teoria e à história do design e sua relação com a sociedade e voltou a se encantar.


tirou férias no serviço pra se dedicar melhor ao seu projeto de graduação. achou tão bom se ver livre da burocracia que pediu sua exoneração quando as férias acabaram.


a formatura foi ótima, sem frescura. já tinha um escritório mais ou menos encaminhado, junto com a melhor amiga da faculdade e as duas estavam bastante empolgadas com a possibilidade de viver como designers de verdade. mas de repente tudo mudou: a empolgação diminuiu e o escritório não foi pra frente.


resolveu fazer um curso de pintura em tecido. e um de costura. e uma pós também.


quanto mais estudava, mais queria estudar. limitações geográficas e, principalmente, financeiras impossibilitaram um mestrado em história do design. com isso, a chance de ser professora também foi pro beleléu.


começou a trabalhar numa galeria de arte, mas percebeu que não teria muito futuro com aquilo.


no dia 12 de junho de 2007 ela resolveu fazer vestibular para ciência da computação. lembrou que se tivesse feito a prova na primeira vez que considerou a possibilidade, já estaria formada. isso foi o empurrãozinho de que ela precisava. no dia seguinte ligou para um cursinho e avisaram que iria começar uma turma no dia 18.


não foi fácil voltar a estudar tudo aquilo, depois de tanto tempo. a matéria não era o problema, mas sim a convivência com professores engraçadinhos e alunos totalmente desinformados. foi mesmo um choque perceber como o nível do ensino tinha caído durante esses anos.




mas tudo isso é passado. ela passou no vestibular e já está matriculada. as aulas começam na próxima semana.