domingo, 24 de fevereiro de 2008

a difícil missão de comprar material escolar


super animada com a volta às aulas, já há alguns dias tenho observado a seção de papelaria de toda loja em que eu entro. precisava de caderno e mochila. não gosto de bolsa e fichário pq acho pouco prático: pelo menos um lado do corpo fica inutilizado. a mochila dá a liberdade que todo calouro precisa, principalmente nas infinitas viagens de ônibus. afinal de contas, universidade que se preze é longe. de tudo.

mas então como essa semana começo a entrar na rotina, quis resolver logo esse problema. aproveitei uma ida ao shopping pra pesquisar mais um milhão de lojas.

coisa difícil encontrar uma mochila básica, sem trezentos compartimentos, numa cor discreta. e eu queria algo que não fosse caro. já estava quase me convencendo de assumir o tipo caloura esportista. foi por pouco. de repente parece que caiu nas minhas mãos um modelo do-jeito-que-eu-queria. e o melhor: era a mais barata que eu tinha visto nos últimos não sei quantos anos.

uma parte da compra estava resolvida. faltava o caderno.

é impressionante: não se fazem cadernos como antigamente. tudo que eu queria era uma capa simples e mole (pra não pesar na mochila) e folhas normais, ou seja, linhas azuis num papel branco. é pedir demais?

eu só via cadernos temáticos por todos os lados. sempre com capa dura. na época em que eu estava no colégio, há mais de uma década, isso era um luxo. hj é praticamente a única opção. ou isso ou brochurão. mas aí tb não dá, né? pouco prático.

outra coisa que eu não entendo é a necessidade que as empresas fabricantes têm em colocar seu nome em cada página. isso me irrita muuuuito. poxa, se vai ficar fazendo propaganda então me paga que eu levo, né? e não o contrário. isso quando não colocam os motivos das capas nas folhas. e dá-lhe bonequinha, bichinho, carrinho. irc.

já estava quase desistindo quando encontrei, escondida e desprezada, uma pilha de cadernos do jeito que eu queria. bom, quase. nem tudo é perfeito, muito menos um caderno. mas esses pelo menos tinham capas moles com estampas neutras (femininas, mas sem exageros). infelizmente as páginas tinham a marca da empresa. coisa que o preço compensou, foi uma troca justa.

missão cumprida!

(mentira, ainda falta a merendeira!)



sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Minhas Férias


Minhas férias foram divertidas!

Brinquei bastante com os meus amiguinhos, sai bastante, me diverti, enchi a cara, dancei e ouvi boa música!

Fui para uma fazenda e quase morri com todos os insetos voadores! É, acho que mesmo crescendo em um sítio fui dominada pela cidade grande.

Dormi bastante e comi mais ainda!!!! Nada como doce de leite e pão de queijo feito em casa. Também experimentei várias coisas novas, como risoto. (Quem me conhece pessoalmente sabe o quanto isso é um avanço).

Terminei um relacionamento e comecei outro. Sem muitos detalhes, né?

Apesar do tempo livre, não tenho lido muito, ao contrario da minha companheira de blog. Acho que isso é um efeito dessa fase de mudanças, mas agora com a faculdade, sei que lerei muito mais. Mas tenho visto muitos filmes sim, principalmente em casa (e viva o Telecine Cult!).

O ruim das férias foi não ter procurado emprego. É a preguiça meu povo! Mas estou cuidando disso agora, fazendo várias entrevistas e espero arrumar um emprego logo para ajudar a pagar a faculdade.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

minhas férias


depois de quase 7 meses de estudo, minhas férias começaram assim que acabou a prova de matemática da segunda etapa.

- a primeira coisa que eu fiz? dormi. dormi demais. consegui praticamente dobrar o número de horas de sono em poucos dias! e enquanto as aulas não começam, continuo dormindo.

- outra coisa que tenho feito bastante é ver filmes. fui à mostra de cinema de tiradentes, vi um monte de coisa no monitor, outro monte na tv.

- tô em dia com a quarta temporada de lost.

- voltei a ficar online no msn e gtalk.

- tenho ouvido novas bandas e estou tentando ser mais frequente no mercado de pulgas.

- o fóquiú! tb agradece a volta da atenção.

- minha pilha de livros pra ler está diminuindo. mas com mais tempo pra fuçar a amazon, acredito que ela volte a crescer em breve.

- não demoro tanto para responder emails.

- e, claro, tenho <3 namorado <3 sempre que possível!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Back to School!



Com 17 anos tive que escolher o que fazer com a minha vida. Fiquei entre dois caminhos: a Publicidade e a História. Foi uma escolha complicada. É um pouco absurdo decidir o seu destino no mundo com tão pouca idade e maturidade. Acabei escolhendo a Publicidade em um momento de ganância (achei que ganharia rios de dinheiro e seria amiga do Justus) e deixei a História para depois, como hobby, pois não me imaginava como historiadora e/ou professora.

Passei quatro ótimos anos na faculdade, aprendi muito, cresci como pessoa e todos aqueles outros clichés sobre o amadurecimento pessoal que acontecem em um ambiente acadêmico.

Voltei para São Paulo louca para começar a trabalhar na minha área, o atendimento em agência de publicidade, tive vários empregos, mas, sabe quando você finalmente percebe que isso não é pra você? Que não está fazendo o que realmente gosta e não consegue fazer um bom trabalho por causa disso?

Então decidi jogar tudo pro alto e pensei: vou fazer o que deveria ter feito. Prestei o vestibular para História na PUC, três anos depois de me formar, sem estudar nada, só reli alguns dos livros indicados e, não acredito, passei!

Além de todas as preocupações sobre como pagar, se vou aguentar a jornada de trabalho e estudo quando voltar a trabalhar, a minha grande dúvida é se vou me adaptar ao mundo universitário novamente.

Apesar de ainda ser nova, 24 anos, sinto que não tenho mais vontade, nem paciência para trotes, farras, matar aula, bebedeiras e bagunças em sala de aula. Espero poder me adaptar e conseguir aproveitar ao máximo essa nova fase, aprender mais ainda e, quem sabe, finalmente ser “feliz” profissionalmente, por mais irreal que isso pareça.

Usarei esse espaço para descrever essa nova aventura, chorar as mágoas, criticar professores que dão prova e trabalhos com datas muito próximas, criticar os adolescentes revoltados e pseudo-comunistas e contar fofocas, porque ninguém é de ferro.

a gente nunca sabe o porque

só sabe como

e a história começa com uma menina que nunca soube responder à clássica pergunta feita por adultos que querem puxar papo com criancinhas: “o que você vai ser quando crescer?”. as opções eram tantas e todas pareciam muito fascinantes mas, ao mesmo tempo, incrivelmente entediantes.


então chegou o último ano de colégio. ano de vestibular também. uma professora resolveu, num dos primeiros dias de aula, perguntar pra todos os alunos qual curso cada um tinha escolhido.


e a menina respondeu: não sei ainda o que, mas vai ser na área de exatas.


chegou o dia de fazer a inscrição e, depois de ler o manual do candidato de cabo a rabo, ela marcou sua escolha. ciências biológicas.


passou no vestibular e começou o curso. já no primeiro período ela percebeu que não estava no lugar certo, mas resolveu esperar mais um pouco. a decepção era grande. biologia não era estudar a vida e sim decorar uma imensidão de informações. além disso a perspectiva de ter que matar bichos na aula de fisiologia, disciplina do terceiro período, era uma tortura muito grande. a única coisa que a prendia à faculdade eram os amigos que tinha feito. mas se eram mesmo amigos, continuariam sendo, né?


largou a biologia.


resolveu fazer design de produtos. mas as provas seriam justamente na época em que ela faria uma viagem programada há muito tempo.


então ela viajou feliz da vida. afinal, vestibular tem todo ano.


e tem mesmo. um ano e alguns meses após sair da biologia, começou o curso de design. claro que pensou em desistir algumas vezes: muitos professores péssimos, muitas aulas completamente inúteis. a conclusão de que o design era do mal quase foi a gota d´água. mas enquanto isso ela tinha que ganhar a vida de alguma maneira.


fez um concurso e virou funcionária pública.


resolveu continuar o curso, principalmente depois de conhecer um professor que parecia falar a mesma língua que ela. dessa maneira, foi apresentada à teoria e à história do design e sua relação com a sociedade e voltou a se encantar.


tirou férias no serviço pra se dedicar melhor ao seu projeto de graduação. achou tão bom se ver livre da burocracia que pediu sua exoneração quando as férias acabaram.


a formatura foi ótima, sem frescura. já tinha um escritório mais ou menos encaminhado, junto com a melhor amiga da faculdade e as duas estavam bastante empolgadas com a possibilidade de viver como designers de verdade. mas de repente tudo mudou: a empolgação diminuiu e o escritório não foi pra frente.


resolveu fazer um curso de pintura em tecido. e um de costura. e uma pós também.


quanto mais estudava, mais queria estudar. limitações geográficas e, principalmente, financeiras impossibilitaram um mestrado em história do design. com isso, a chance de ser professora também foi pro beleléu.


começou a trabalhar numa galeria de arte, mas percebeu que não teria muito futuro com aquilo.


no dia 12 de junho de 2007 ela resolveu fazer vestibular para ciência da computação. lembrou que se tivesse feito a prova na primeira vez que considerou a possibilidade, já estaria formada. isso foi o empurrãozinho de que ela precisava. no dia seguinte ligou para um cursinho e avisaram que iria começar uma turma no dia 18.


não foi fácil voltar a estudar tudo aquilo, depois de tanto tempo. a matéria não era o problema, mas sim a convivência com professores engraçadinhos e alunos totalmente desinformados. foi mesmo um choque perceber como o nível do ensino tinha caído durante esses anos.




mas tudo isso é passado. ela passou no vestibular e já está matriculada. as aulas começam na próxima semana.